segunda-feira, 13 de junho de 2011

PROGRESSÃO CONTINUADA E EDUCAÇÃO EM CICLOS

VOCÊ SABE O QUE É PROGRESSÃO CONTINUADA? E A EDUCAÇÃO EM CICLOS?
A progressão continuada é um sistema que não prevê a reprovação do aluno ao final da série ou ano letivo. A ideia é que os estudantes que não atingirem o nível de conhecimento desejado recebam acompanhamento contínuo dos professores, de preferência paralelamente às aulas normais, como recomenda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Isto pode ser feito com aulas extras no contraturno, por exemplo. Para escolas que não têm salas disponíveis para estas atividades, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo propõe a interrupção das aulas por uma semana após cada avaliação, quando os alunos com dificuldades teriam aulas de recuperação. Enquanto isso, aos demais estudantes, seriam oferecidas outras atividades, como forma de diversificar o currículo.
 "A grande diferença entre os dois modelos é que a organização em ciclos nasce da ideia de que nem todas as crianças aprendem do mesmo jeito, ao mesmo tempo", explica a professora Márcia Jacomini, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Geralmente, o sistema é organizado em períodos que duram de dois a quatro anos e, dentro de cada um destes ciclos de ensino, o aluno não pode ser reprovado. Já a educação seriada trabalha com a ideia contrária. "É uma construção do século XVIII, com os princípios e crenças daquele tempo tão longínquo: um ensino de massa para todos. Quem não conseguir aprender ao mesmo tempo e da mesma forma que os outros deve entrar de novo na fila", lamenta a professora Claudia Fernandes, coordenadora do programa de pós-graduação em Educação da Unirio. Pesquisas mostram que a implantação dos ciclos atingiu o objetivo de diminuir as taxas de repetência e evasão escolar. Além disso, os ciclos evitam que o conteúdo fique segregado no curto período de um ano letivo. "Deveria existir um currículo com base mais longa. É isso o que muda com os ciclos: posso ensinar outro tipo de coisa, porque tenho mais tempo", afirma o professor Ocimar Munhoz Alavarse, da Faculdade de Educação da USP.
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UMA REFLEXÃO SOBRE COMENTÁRIOS CRÍTICOS DOS PROFESSORES Dr. JOÃO CARDOSO PALMA FILHO E Drª ELBA SIQUEIRA DE SÁ BARRETO.



O Professor João acredita que cada escola é ÚNICA, cada uma vive sua realidade. A  alfabetização para ele é fundamental para o chamado ciclos formação.
Principal problema a partir do ciclo, onde a garantia de capacitação de formação dos professores, o ensino público de boa qualidade do ensino público que não temos ainda, a educação tem que conseguir bons resultados pela educação continuada. Os melhores alunos como modelo de bom capital cultural.
As escolas estavam chegando, seguindo a escola na década 80 para o desempenho era como vínculo do ciclo infantil, responsável pelo sucesso ou fracasso. Numa sala de aula com 42 alunos conseguiam alfabetizar. No máximo 30 alunos no ideal para você passar para a alfabetização. Cada escola é uma escola. Nós vimos uma causa de uma colocação, estamos enfrentando no estado de São Paulo, alunos insatisfatórios na Língua Portuguesa.

Dr. JOÃO CARDOSO PALMA FILHO E Drª ELBA SIQUEIRA. Secretário Adjunto da Educação do Estado de São Paulo, é doutor em Educação (Currículo e Supervisão) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e professor titular do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - IA/UNESP. Mestre em Ciências Sociais pela Escola de Sociologia e Política, é graduado em história natural (IBILCE/UNESP), pedagogia (UNIFIEO) e direito (Faculdade de Direito da USP). Realizou pós-doutorado em política da educação pela Faculdade de Educação da USP, sob a supervisão do Prof. Dr. Celso de Rui Beisiegel. Professor de Metodologia da Pesquisa Científica e Sociedade, Estado e Educação para os cursos de Licenciatura em Artes do Instituto de Artes da UNESP, e de Metodologia da Pesquisa em Ciências Humanas e Políticas Curriculares e Ensino de Arte no Mestrado do IA/UNESP. Foi professor de ciências naturais e biologia na rede estadual de ensino, no Colégio Benjamin Constant e na Universidade Anhembi Morumbi. Na administração educacional pública foi diretor de escola, diretor regional de educação, coordenador da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas - CENP (1984 - 1987), e de sua divisão de supervisão e da de serviços de ensino supletivo; e diretor de políticas educacionais da Secretaria de Ensino Fundamental do MEC (1995-1996). É membro do Conselho Estadual de Educação, desde 1985 e membro honorário da Academia Paulista de Educação. Dentre sua vasta produção bibliográfica contam-se 17 artigos publicados em periódicos especializados no campo da educação, 19 livros publicados/organizados/edição, 29 capítulos de livros, 12 trabalhos completos publicados em Anais de Congressos. O currículo completo encontra-se disponível em: http://lattes.cnpq.br/6871865854491549



A Professora Elba Siqueira considera que os chamados “ciclos escolares’, com duração variada, têm sido defendidos como possibilidades de ‘ultrapassar as séries anuais”,apontando para a “promoção automática”, para a ‘organização por níveis’, para os ‘avanços progressivos”, para os”ciclos de alfabetização”, com argumentos de natureza social, política e econômica, além de razões de cunho pedagógico, como a necessidade de eliminar o caráter excludente e seletivo do sistema educacional brasileiro ( BARRETO e MITRULIS, 2001, p.104-110). E é preciso atentar para o fato de que tal diversidade de denominações pode estar acobertando propostas diferentes entre si, com objetivos e práticas que representam as especificidades com que políticas são traduzidas em ações. Por outro lado “ é preocupante a perplexidade dos professores em relação à impossibilidade de reprovar os alunos” (p.43). Contudo, numa concepção de ciclos, que supere a noção de ciclo de formação, numa concepção que sustente a idéia de que “ os tempos e espaços escolares são de novas relações de poder entre o estudante e o professor”, a questão da avaliação (e da reprovação) tem que ser pensada no contexto das relações que ocorrem no interior da sala de aula, da escola e da sociedade. Como sinaliza Freitas (2004, p.63), citando Shulgin: “A escola não é uma coisa, é uma relação”. 

Elba Siqueira de Sá Barretto, é professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, ambas na capital paulista. 
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http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/elba-siqueira-sa-barreto-fala-sistema-ciclos-609951.shtml
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